Computador com tela exibindo análise de dados complexos para due diligence em ambiente corporativo moderno

Confesso: quando ouvi falar pela primeira vez em “due diligence automatizada” usando inteligência artificial, achei que seria só mais uma daquelas promessas exageradas. Documentos revisados em minutos? Contratos processados quase sem intervenção humana? Parecia um exagero. No entanto, nos últimos anos, presenciei a mudança de perto. O uso da IA no processo de fusões e aquisições, especialmente na due diligence, está transformando a forma como advogados, analistas e gestores enfrentam um dos desafios mais cansativos dessas operações.

Hoje, quero compartilhar como enxergo a IA mudando essa etapa crítica dos M&As. Sem floreios. Mas com exemplos práticos, um olhar realista e, de vez em quando, um pouco de surpresa.

O que trava a due diligence tradicional em M&As?

A due diligence tradicional, por mais necessária que seja, sempre me pareceu um teste de paciência. Você provavelmente já percebeu esses entraves:

  • Pilhas de contratos para revisar;
  • Centenas de e-mails, adendos, procurações, planilhas e regulamentos a serem filtrados;
  • Equipes enormes lendo documento após documento, apenas para identificar riscos e pendências;
  • Prazo curto, pressão alta e margens para erro.

Já passei por processos em que só a coleta dos materiais da seller demorava semanas. Surgem dúvidas, revisões, atrasos. Não raro, ruídos de interpretação de cláusulas ou perda de informações importantes acontecem. Natural. Somos humanos – e isso nos limita quando a escala é grande.

Longas horas buscando uma vírgula, quando o valor está no todo.

O que a IA faz de diferente?

Se eu tivesse que responder em uma frase: a IA consegue tratar volumes massivos de documentos, aprendendo o que deve buscar, sinalizar e organizar, com uma velocidade que nunca vi em equipes tradicionais. Não se trata de um software que faz buscas simples de palavras-chave; é outra abordagem.

  • Identifica padrões, como cláusulas de não concorrência, prazos de vencimento e riscos escondidos;
  • Discute e expõe pontos que poderiam passar despercebidos para olhos cansados;
  • Aprende preferências e contexto a cada novo M&A;
  • Permite customizar filtros, relatórios e alertas com rapidez.
Reunião de profissionais analisando documentos digitais com IA

Estatísticas recentes mostram a tendência

É fácil pensar que só grandes bancos ou escritórios globais estejam adotando IA. Mas, nas minhas leituras, vi algo curioso num artigo da Capital Aberto: 36% dos escritórios jurídicos nos EUA já usam algum grau de IA, frente a só 15% em 2022. No Brasil, 55,1% dos advogados relatam usar IA no dia a dia. A aceleração é visível – empresas de todos os portes enxergam vantagem clara (conforme artigo publicado).

Apesar disso, noto que muita gente ainda resiste, achando que a tecnologia pode ser complexa demais ou, ironicamente, “humana de menos” para dar conta de análises sutis. É um mito que quero contestar.

Como funciona a due diligence com IA na prática?

Vi equipes usando assistentes como os da Odisseia AI de maneira surpreendente. Eles não são “robôs frios”, mas quase um novo membro da equipe, treinado para interpretar contexto, receber comandos em linguagem natural e até adaptar sua linguagem para o advogado ou gestor.

A experiência costuma seguir um roteiro que faz sentido (e alivia):

  1. Upload de documentos – Contratos, apólices, laudos e relatórios são enviados para a plataforma.
  2. Leitura inteligente – IA extrai dados relevantes, identificando cláusulas, prazos, riscos e obrigações.
  3. Classificação e organização – Os itens são agrupados por tema, prioridade ou risco.
  4. Geração de relatórios – O assistente apresenta resumos, mapas de risco e sugestões de pontos críticos para consulta de humanos.
  5. Revisão humana – O profissional interpreta os apontamentos, aprofunda onde for preciso, mas com a maioria do trabalho já feito.

O tempo gasto diminui, e descobertas importantes surgem com mais frequência. Documentos que antes eram esmiuçados manualmente aparecem organizados, sinalizando pendências e inconsistências.

Desafios, limites e o papel do humano

Se parece perfeito, não é. Já notei que a IA pode errar – especialmente quando alimentada com bases confusas ou documentos escaneados de baixa qualidade. O trabalho humano continua essencial, especialmente para interpretar nuances e negociar soluções.

Mas o papel das pessoas muda. Ganhamos tempo para pensar no que é estratégico, resolver pontos delicados, negociar acordos e criar soluções. A IA faz o pesado; o humano, o que importa de verdade.

Deixar a máquina cuidar do repetitivo me deu espaço para pensar diferente.

Casos concretos: o que muda em fusões e aquisições

Quando olho exemplos de quem já adotou IA para due diligence, percebo ganhos claros. Conheci equipes que conseguiram:

  • Reduzir de semanas para dias a varredura de documentos;
  • Identificar passivos que antes passariam despercebidos;
  • Mapear prazos, valores e riscos em múltiplos contratos simultaneamente;
  • Agilizar auditorias, controle societário e compliance sem contratar legiões de advogados ou consultores.

O uso de IA aplicada ao jurídico e ao compliance virou diferencial em projetos complexos. Na Odisseia, vejo robôs inteligentes “aprendendo” regras internas, adequando-se à cultura da empresa e aprofundando o contexto de cada operação – como se realmente fossem treinados para um novo cargo, e não apenas executassem comandos frios.

Tela de análise de M&A exibindo gráficos de IA

Dicas para quem está começando a usar IA em due diligence

Se você ainda está às voltas com o processo manual, separei algumas dicas – baseadas em experiências, tropeços e algumas surpresas boas:

  • Comece por áreas mais estruturadas, como contratos comerciais ou societários;
  • Invista em indexar bem os documentos antes de alimentar a IA (nomes padronizados ajudam muito);
  • Prefira soluções capazes de entender linguagem natural e adaptar-se ao seu estilo;
  • Treine o assistente digital com exemplos do que importa para o seu caso específico;
  • Não dispense a revisão humana nos pontos críticos.

E, talvez o mais importante: prepare-se para um processo de aprendizado. Nem toda ferramenta se adapta imediatamente à sua operação. Mas, quando o ajuste acontece, o salto de qualidade é claro – e você sempre pode trocar experiências e aprender ainda mais, seja acompanhando cases recentes, seja buscando inspiração em casos de sucesso de aplicação da IA no mundo real.

Perspectivas de futuro: IA cada vez mais “humana”?

É aqui que confesso minha surpresa. Quanto mais uso, mais percebo: a IA tende a se tornar cada vez menos “robótica” e mais apta a lidar com contextos ambíguos, decisões sob risco e até colaboração social. Um bom exemplo está nos assistentes que, como os da Odisseia AI, fazem onboarding e recebem propósito, se tornando quase um colega digital.

Imagina a próxima etapa? Ferramentas capazes de sintetizar dúvidas, sugerir cenários e até participar ativamente de discussões, além das análises frias. Talvez cheguemos lá bem antes do que pensamos.

Conclusão: A due diligence evoluiu, e você?

Confio que o uso de IA em due diligence veio para ficar. Não elimina o responsável humano, mas libera tempo, reduz riscos e amplia as possibilidades de inovação nos M&As. Se você quer experimentar essa mudança, sugiro conhecer melhor as soluções da Odisseia AI, que estão moldando a próxima geração de assistentes digitais. Veja outras histórias e tendências acompanhando nosso conteúdo sobre automação e IA aplicada ao mundo corporativo, tire suas dúvidas e tenha acesso a outras recomendações na nossa central de buscas.

Ter tempo para criar, decidir e evoluir. Esse é o verdadeiro ganho.

Perguntas frequentes sobre due diligence e IA

O que é due diligence em M&A?

Due diligence em M&A é o processo de análise detalhada dos documentos, contratos, informações financeiras e jurídicas de uma empresa antes de sua compra, fusão ou associação. Ela serve para identificar riscos, ativos ocultos e verificar a situação real do negócio. Assim, as partes tomam decisões mais seguras durante uma transação.

Como a IA ajuda na due diligence?

A IA automatiza tarefas repetitivas, como leitura, classificação e extração de informações relevantes em grandes volumes de documentos. Além disso, pode identificar padrões de risco e sugerir pontos de atenção. O uso de assistentes digitais, como os desenvolvidos pela Odisseia AI, otimiza o processo e reduz erros humanos.

Quais IAs são melhores para M&A?

A escolha depende do perfil da empresa e do contexto do M&A. Eu sugiro priorizar soluções que entendem linguagem natural, personalizam filtros e aprendem com dados específicos da operação. Assistentes digitais treinados, como os oferecidos pela Odisseia AI, se destacam justamente por essa adaptabilidade.

Vale a pena usar IA em M&A?

Na minha experiência, sim. A IA reduz tempo, amplia segurança e permite que advogados e gestores foquem no que só humanos fazem: decidir, negociar e criar soluções. Também há estudos sobre benefícios concretos, como aumento de produtividade no setor jurídico.

Quanto custa usar IA em due diligence?

O investimento varia conforme escopo, quantidade de documentos e nível de personalização. Pode ir de planos mensais acessíveis a soluções customizadas para grandes empresas. Recomendo conferir detalhes junto a especialistas da Odisseia AI caso queira prever custos para seu caso.

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